sábado, junho 12

SPFW 12/06 4º Dia



REINALDO LOURENÇO misturou o design do automobilismo, com o clima sofisticado dos anos 60. Do esporte, ele importou as ranhuras típicas das pistas – que aparecem em um incrível jacquard de seda. Trouxe também recortes aerodinâmicos e formas das roupas esportivas. Salpicou tudo com toques de cores: pink, amarelo, tomate. Da alta-costura, buscou e recriou a silhueta com costas gonflées, e o trabalho artesanal. O resultado final é junção entre luxo e casual . Há tiras de seda trançadas que fazem as vezes de tela, flores de organza, etc … Os vestidos, calças (curtas), saias, macacões e o taillleur têm design limpo, reforçado pelos pouquíssimos acessórios e belas sandálias de tiras. Tudo feminino, com direito a lacinhos na cintura e sutis transparências.

JEFFERSON KULIG apresentou em sua coleção tubinho de matelassê rosa-pele, a saia laranja meio cônica e transparente, a supergola marinheiro empertigada. Todos os vestidos são a junção de partes, de cores, de texturas. E tem até bandeira do Brasil estampada no conjuntinho de saia e casaco. Plumas no decote tomara-que-caia. Um enorme olho de pássaro colorindo camisetas e t-shirt dresses. Kulig reuniu improváveis combinações que conjugam tecidos com nomes estranhos como TK-espaço e TK-relevo. Resumindo, é a visão do estilista para o próximo verão.

ANIMALE neste verão, assumidamente sexy, a marca de Marta Ceribelli, que assina a direção de estilo ao lado de Priscilla, veio mais forte, menos mulher fatal . A peça-chave é o vestido curto e estruturado, onde o mix de materiais reina. Algodão de renda, couro com stretch, algodão com efeito empapelado. A pesquisa têxtil é um dos destaques da etiqueta. Vazados e decotes nadador também são recursos muito utilizados, assim como as listras, resgatadas do esporte. Ponto extra para a cartela de cores, com um bonito tom de roxo, e para as sandálias, bem geométricas.

ANA SALAZAR a estilista Ana Salazar é portuguesa. A sua coleção de verão é repleta de desconstruções, vazados, recortes. Blazers aparecem só de um lado do vestido, jaquetas “perdem” as costas, golas viram detalhes. O começo do desfile, todo preto, ressalta essa veia meio dark, meio intelectualóide. O mistura de tecidos, também aparece na passarela dela: náilon, tule, renda. Tudo isso somado a zíperes que deixam à vista pele e falsas tatoos de cruz malta, e a fivelas, que regulam o volume das calças. Nos pés, sandálias meia-pata. Na metade do desfile Ana colocou vestidos de seda em versões amarelas e verdinhas.

ADRIANA DEGREAS primeiro desfile na passarela do SPFW com uma coleção de beachwear inspirada nas festas a beira das piscinas, em maiôs e biquínis sob saias e calças bem construídas.
A coleção vem com biquinís e maiôs chiques, com ar retrô e inspirados na lingerie, sempre estruturadoss e modelando o corpo, com nervuras, calças alta,  tops em recortes inesperados e em tons nudes como areia, pele e rosê-claro, entre outros.
Outras peças ganham ainda mais sofisticação com transparências, drapeados, faixas, cristais e detalhes em devorês, num clima levemente urbano. As roupas para a beira da piscina e pós-praia como túnicas, capas e macacões amplos e longilíneos em organza, tule, seda e jérsei. Biquínis com modelagens mais clean e totalmente rebordados com vidrilhos ,os bodys e maiôs mesclando tecidos drapeados, combinados com malha com elastano para moda praia.

LINO VILAVENTURA
A coleção começou apresentando uma profusão de listras preto e branco, tanto na passarela quanto nos looks, que davam o efeito de ilusão de óptica. Ele mostrou  segunda peles, leggings e body com cilindros que conferiram volume, forma e movimento de mola. Os modelos abusam no patchwork , uma das marcas do estilista, numa verdadeira colcha de retalhos coloridíssima e criada através de listras horizontais. Os tops fluidos de seda têm recortes e são usados com leggins igualmente vazadas. Tanto na masculina quanto na feminina, calças são presas através de um único suspensório diagonal. Os vestidos e shorts são estruturados. Os plissados, com cristais aplicados, dão volume aos vestidos tomara-que-caia listrados. No masculino, o corpo é revelado através de modelagens justas.
As apresentações de Lino Villaventura não costumam seguir tendências, são espetáculos, seus convidados e entusiastas sempre o ovacionem no final. Uma modelo vestida com um look listrado preto e branco, em uma sala coberta com tecido idêntico, entrou na passarela sob luz fluorescente. Lino define sua coleção como um quebra-cabeça, os vestidos feitos com recortes de tecidos multicoloridos, começam fluidos e bem soltos, depois ficam rígidos com cintura marcada e ombros e quadris volumosos. A série de vestidos em cetim plissado, com golas imitando leques, encerra a apresentação.

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