Breve relato sobre a história da moda.

Breve relato sobre a história da moda.

Quando se fala em moda a primeira cidade que lembramos é Paris, todo glamour, os mais famosos estilistas, e o início da história da moda. Tendências e estilos faz parte do vestuário desde os primórdios da história, no dia-a-dia, passageira, mutável e até reproduzida.
A moda passou por várias transformações, seguindo as mudanças físicas e sociais. A moda está sempre nos surpreendendo, com mudanças de cores, tendências, inovações, “revival” , inspirações e ousadias.
No início da Idade Moderna, a preferência foi pelo vermelho, nas roupas mais refinadas. Tecidos amarelo e verdes também se destacavam, "encorpados" e brilhantes, como o corpete em bico na parte dianteira e a saia se abrindo volumosamente. Temos um grande personagem histórico que marcou a moda: Luís XV, que contribuiu com uso de salto alto, algo inovador, nessa época. Surgiram também: perucas, babados, o estilo rococó aliados ao vestuário.Século XIX, clima de "revival", a moda livra as mulheres, de uma só vez, dos espartilhos, anáguas, armações para saias e anquinhas estilo Império.
A moda de 1830, tem perfil mais romântico, saias mais amplas, mangas bufantes, o comprimento das saias ainda ligeiramente mais curto.
Na década seguinte, a tendência romântica se consagra e a silhueta feminina tem a forma de um sino, com a invenção da crinolina (uma armação criada por Eugênia Montijo, de finos aros de arame de aço que tornava a indumentária feminina bem mais leve e arejada).
As crinolinas marcam a chegada da indústria da moda, sendo este o primeiro modismo digamos “universal”, foram usadas de 1852 a 1870. Assim, a França tornou-se líder mundial no universo da moda, e o nome de Eugênia passou a ser associado, às “maisons” de alta costura . À partir de 1880, até o final do século, se repetiram as tendências e estilos dos momentos anteriores. As crinolinas foram substituídas pelas tournures ("anquinhas") que armavam a parte traseira das saias, usadas até o final da década de 1880.
A década de 1890 reviveu a de 1830. A moda do século XX, não se diferenciou em nada da moda do século XIX. "...no inicio do século XX a Europa vivia uma intensa transformação de valores e costumes, ninguém mais do que Paul Poiret soube enxergar o que esta nova época desejava em matéria de vestimenta. Com apenas 24 anos, Poiret abriu sua própria Maison. Inspirados pelos Balés Russo e pela atmosfera Oriental, realizou roupas que mudaram a silhueta feminina e a História da Moda. Em 1906, um vestido marcou a nova silhueta, não mais apertada, espremida pelo espartilho. Poiret ficou conhecido por liberar as mulheres desse incomodo acessório. Para a mulher que precisava usar todos os dias o apertado espartilho, foi uma revolução “. (POLLINI, 2007).
Nessa mesma época surgiu o soutien, criado por mary Phelps.

Nos anos 20, a tendência era o batom cor carmim, boca em forma de coração. A maquiagem era forte nos olhos, as sombrancelhas eram raspadas e pintadas a lápis. A tendência era ter pele bem branca.Em 1925, foi a época de Hollywood em alta, os grandes estilistas da época, como o Coco Chanel e Jean Patou, criaram roupas para grandes estrelas.
A silhueta era tubular, vestidos mais curtos, leves e elegantes, com braços e costas à mostra. A seda era o tecido predominante. Os modelos facilitavam os movimentos exigidos pelo charleston - dança com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, e o chapéu até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado. A mulher sensual não tinha curvas, nem seios e os quadris eram pequenos. O que chamava atenção na época eram os tornozelos.
Em 1927, Jacques Doucet, figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas, um verdadeiro escândalo. Foi a época da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.
Anos de 30 a 40, conhecidos como a Grande Depressão (quebra da bolsa valores NY).
A moda deu uma "volta à ordem". Após os "loucos anos 20", os vestidos voltam aos calcanhares, os decotes diminuem e os sapatos quase se tornam "botinhas" de 1900. Os homens ganham ternos desestruturados, normalmente de linho, de ombros estreitos e calças mais curtas e mais justas.
A moda dos anos 40 pode ser vista, no figurino do filme Casablanca de 1942 .Em 1950, “anos dourados”, das multinacionais, de Hollywood e da moda "made in USA" no caso o "new look", criado por Christian Dior, divulgado por centenas de filmes de divas como Marilyn Monroe e Jane Russell . A Argentina também teve a sua diva, na primeira dama, Eva Perón.
As saias amplas, em godê guarda-chuva ou balonê. Os tecidos brilhantes, tafetá e cetim convivem com o crepe de seda, o tule e o jersey. Volta o uso do bolerinho e do redingote.
Na moda masculina, a tendência é o topete, calça com pregas, risca-de-giz e os sapatos com ponta fina. Os jovens imitam James Dean e Marlon Brando, passando a usar, camiseta branca e calça de brim.
Entre os anos de 1953 e 1954, estão em pleno uso os soutiens de bojo, as cintas e modeladores, as saias godê em várias padronagens.A década de 60 foi marcada pelo uso do scarpin, as vezes com salto carretel, o vestido tubinho, clássico legado de Coco Chanel.
Alguns homens usaram terno bem cortado, de modelagem definida e outros a calça jeans e camiseta. Os topetes continuaram em alta.
Tivemos o movimento hippie, usavam cores alegres e estampas floridas, demonstrando sensibilidade, romantismo, descontração e bom humor, era a liberdade de expressão perante o regime ditatorial no Brasil, Chile e França.
A maquiagem era essencial e feita especialmente para o público jovem, os olhos, sempre muito marcados, os batons eram clarinhos até mesmo brancos. Nessa área, Mary Quant inovou ao criar novos modelos de embalagens, com caixas e estojos pretos, que vinham com lápis, pó, batom e pincel. As perucas nunca foram tão vendidas, em diversos modelos, mais baratas, produzidas com fibra sintética, o kanekalon.
Nos anos 70 o Hippie virou moda, passou a ser "mais uma tendência", batinhas indianas, tecidos florais, bijuterias, calças "boca-de-sino" e a "pata de elefante", com pernas muito largas.
O tropicalismo trouxe de volta as plataformas, os turbantes e os "balangandãs" de Carmem Miranda. A mistura de cores eram extravagantes: o roxo com laranja e o verde com roxo.
Já em1975, surgiram as danceterias, com o nome de discotecas, as sandálias de salto agulha eram usadas com meias curtas e coloridas, de lurex e saia "evasê". Surgiu a "frente-única", o vestido de "lastex" e o cabelo "black power".
Em Berlim, década de 70, surgiu o Movimento Punk, que marcou profundamente a moda, a música e o comportamento. A ex-cantora de ópera, Nina Hagen, foi a expoente deste movimento.

Os anos 80 e 90, constituíram-se num "revival" de várias épocas passadas das décadas 20 a 60.
O estilo New Romantic usou e abusou dos babados, laços, fitas e rendas.
Os ombros ultra estruturados e os terninhos em estilo militar da década de 40 (o "poder").
Volta do glamour dos anos 50, saias godê guarda-chuva e balonê, uso do tafetá e do crepe de seda, além dos famosos bolerinhos . Os modelos clássicos e glamourosos da década de 50, como o tomara que caia bem justo era tendência geral da época. Nos anos 80, voltou a moda anos 50 e anos 60, com muito twist e rock and roll. Já nos anos 90, a febre foram os anos 70, com muito colorido e o ressurgir do New Wave.

No início do século XXI a moda parece marcada por duas máximas: "nada se cria, tudo se copia" e "a moda vai e vem". Ao invés de divas ficam em alta as drag-queens, que comandam o mundo fashion e as casas noturnas.
Cresce a tendência à customização e à reciclagem de materiais, buscando o desenvolvimento sustentável, também no campo da moda.
As novidades, ficam por conta dos movimentos da juventude, como a estética Clubber, o underground e a cultura hip hop, mas sempre ligados ao universo das baladas e casas noturnas. Aconteceu a propagação da tatuagem e do piercing.
No dia a dia porém, não se notou muito as diferenças em relação ao "revival" efetuado pelas duas décadas anteriores.

Um comentário:

  1. Parabénsssssss
    Amei o texto. Sintetizado e completo.
    O blog está muito bonito.
    beijos sarah

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails